Saúde

Desfibrilador. E se um dia eu precisar usar…como faço?

Desfibrilador. E se um dia eu precisar usar…como faço?

Sim, é verdade que imprevistos podem acontecer no dia a dia. Quando eles ocorrem, o importante é estar preparado para de alguma forma conseguir ajudar da melhor maneira possível. Quer um exemplo de algo que pode acontecer de repente? A pessoa que está aí ao seu lado no trabalho, na escola ou na sua casa pode sofrer uma parada a qualquer minuto. É triste, mas é real. No Brasil são mais de 150 mil casos de parada cardiorrespiratória por ano e 80% das mortes acontecem fora dos hospitais.

Pesquisas indicam que se a vítima for socorrida no primeiro minuto após a parada ela possui 90% de chances de sobreviver. Por isso, aprender a usar um desfibrilador externo automático (D.E.A.) é muito importante, pois nunca se sabe quando ele poderá ser útil (salvando vidas).

O que é parada cardíaca?

Como o próprio nome já diz, a “parada cardíaca” acontece quando o coração perde o sincronismo das batidas e não consegue mais bombear o sangue. Alguns dos sintomas que antecedem esse quadro clínico incluem:

  • Forte dor no peito
  • Falta de ar
  • Dor ou formigamento no braço esquerdo
  • Fortes palpitações

Fique atento aos sinais! A parada cardiorrespiratória pode acontecer devido a doenças cardíacas existentes, insuficiência respiratória, afogamento, envenenamento, choque elétrico, entre outros.

Em caso de parada cardíaca, como posso ajudar?

Ao ajudar uma pessoa que está tendo uma parada cardiorrespiratória tenha em mente que se trata de uma corrida contra o tempo. Todo segundo é muito importante e fará toda a diferença. O objetivo aqui é fazer o coração voltar a bater com seu ritmo o mais rápido possível.

Passo 1: Verifique os sinais vitais da vítima. Se ela não estiver respirando (e sem pulso) é bem provável que esteja tendo uma parada.

Passo 2: Ligue para um serviço de emergência (público é o SAMU 192 ou de sua operadora de saúde).

Passo 3: Inicie imediatamente a massagem cardíaca na frequência de pelo menos 100 compressões e no máximo 120 por minuto (com os braços esticados e as duas mãos sobrepostas faça compressão usando o peso do seu corpo sobre o ponto de compressão no osso esterno, no meio do caminho entre os mamilos; o paciente deve estar deitado no chão ou sobre uma superfície rígida e a compressão deve fazer com que o tórax “afunde” cerca de 5,0 cm em adultos).  De acordo com as novas diretrizes, não há necessidade de fazer a “respiração boca-a-boca, as compressões devem continuar até o socorro chegar. Se a pessoa que estiver fazendo as massagens cansar, deve trocar de lugar imediatamente com outra descansada.

Passo 4: Enquanto o socorro não chegar e se a massagem cardiorrespiratória não funcionar, havendo no local o desfibrilador D.E.A. você poderá utilizá-lo seguindo as instruções dadas através da gravação no próprio aparelho.

Então, chegamos ao propósito deste texto: Como usar um desfibrilador externo automático?

O primeiro passo é ligar o DEA (Desfibrilador Externo Automático) pressionando o botão On/Off. Depois disso fique atento às instruções que o aparelho irá lhe passar. Siga-as corretamente.

Após isso, instale os eletrodos no tórax da vítima. O aparelho irá lhe informar onde deverão ser colocados. A grande maioria dos DEAs possui um desenho autoexplicativo nos eletrodos.

Feito isso, o aparelho irá solicitar que você conecte o cabo em uma luz que está piscando. É nessa hora que o ritmo cardíaco da vítima é checado, e a máquina define se você deverá iniciar o procedimento (choque) ou não. Fique atento! Caso o resultado dê negativo para o choque, continue fazendo a massagem cardíaca.

Agora, se der positivo para o choque, afaste-se do corpo do paciente e solicite que todas as pessoas que estão junto da vítima se afastem e, só então faça a aplicação do choque. Em seguida, continue a massagem.

Vale ressaltar que o DEA a cada dois minutos irá analisar o ritmo cardíaco da vítima e indicará a próxima ação. Continue com esse processo até que o serviço de emergência chegue até o local e preste seu atendimento.

Antes de usar o desfibrilador você deve ficar atento a algumas coisas. Veja:

  1. Se a vítima for homem com muitos pelos na região do tórax, é importante raspar esta área para que os eletrodos possam ter uma melhor aderência.
  2. Não instale os eletrodos em cima do marca-passo, caso a pessoa possua.
  3. Algumas pessoas fazem uso de medicamentos por adesivo, então, não cole os eletrodos em cima deles. É importante retirá-los primeiro.
  4. Caso a vítima se encontre molhada, é importante secar a região em que o choque será aplicado.
  5. Choque em crianças apenas acima de 8 anos de idade. O DEA geralmente possui eletrodos próprios para uso em crianças.

Mas você deve estar se perguntando: como terei acesso a um desfibrilador? De acordo com um projeto de Lei aprovado em 03/08/2016 espaços públicos, eventos com grandes aglomerações de pessoas e meios de transporte que possuem uma circulação superior ou igual a 4 mil pessoas são obrigados a disponibilizar um DEA.

Já imaginou que você pode ser o próximo a salvar uma vida? Então, se for necessário releia este texto o quanto for preciso para se sentir seguro em ajudar uma pessoa com um quadro de parada cardiorrespiratória. 😉

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