O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ao redor do mundo. Ele fica atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o câncer de próstata corresponde a 13,5% de todos os cânceres no mundo. No Brasil, a doença corresponde a 29,2%.
O que é o câncer de próstata?
O câncer de próstata configura-se quando há o crescimento de células anormais na próstata (uma glândula que só o homem possui. A sua principal função é produzir parte do sêmen). Três quartos dos casos da doença no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, por isso ele é considerado um câncer da terceira idade.
Na maioria das vezes ele cresce lentamente, podendo demorar 15 anos para atingir 1 cm³.
O câncer de próstata, geralmente, não apresenta sintomas na fase inicial, mas fique atento a alguns sinais que podem indicar problemas:
- Dificuldade em urinar
- Dor ao ejacular
- Urina escura
- Vontade frequente de urinar
- Impotência ou dificuldade para manter a ereção
- Sensação de bexiga cheia, mesmo após urinar
O que aumento o risco do diagnóstico do câncer de próstata?
Idade:
É raro homens com até 40 anos desenvolverem câncer de próstata. As chances de adquirir a doença aumentam após os 50 anos de idade. E ainda, três quartos dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em homens com mais de 65 anos.
Raça:
O motivo ainda não é claro, mas, sabe-se que homens de raça negra possuem o dobro de chances de terem câncer de próstata, em comparação com homens de raça branca. Assim como homens asiáticos e hispânicos/latinos possuem menos chances de serem diagnósticos com a doença.
Nacionalidade:
A nacionalidade é outro fator que interfere no diagnóstico do câncer de próstata. Homens que vivem na América do Norte, noroeste da Europa, Austrália e Ilhas do Caribe possuem mais chances de terem a doença, do que homens que moram na Ásia, África, América Central e América do Sul.
Histórico familiar:
Aqui o histórico familiar também tem um peso. Ter um parente de primeiro grau que foi diagnosticado com câncer de próstata duplica as chances de outros homens da família adquirirem a doença.
Alterações genéticas, tabagismo, sobrepeso, entre outros, também são identificados por estudos como fatores de risco para o diagnóstico do câncer de próstata.
Como prevenir?
Além de evitar a exposição à poluição, a fertilizantes e a substâncias químicas, é indicado que todos os homens com mais de 50 anos realizem, uma vez por ano, o exame de toque retal e o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico).
Comer uma grande variedade de frutas e verduras diariamente e praticar atividades físicas regularmente, também ajudam na prevenção do câncer de próstata.
Exame de Sangue – PSA
É um exame de sangue comum feito em laboratório que possui como objetivo diagnosticar alterações na próstata como prostatite, hipertrofia benigna ou câncer de próstata.
Exame de toque retal
Este exame é realizado por um médico urologista, e serve para identificar possíveis alterações na próstata que podem indicar um câncer ou hiperplasia benigna. Ele também pode ser feito por um médico coloproctologista para avaliar mudanças no reto e ânus.
O exame de toque retal é um exame rápido, que pode ser feito no consultório médico. É também indolor.
Exames de urina, biópsia e ultrassom também podem ser solicitados pelo médico para ajudar no diagnóstico do câncer de próstata.
Quanto antes o câncer de próstata for diagnosticado, melhores são as chances de cura.
Mitos sobre o câncer de próstata
Apesar de comum, o câncer de próstata gera inúmeras discussões entre os homens. Pensando nisso, separamos alguns mitos envolvendo essa doença, que foram divulgados pelo Instituto Oncoguia. Confira abaixo:
Não existe histórico de câncer de próstata na minha família, logo minhas chances de ter a doença são mínimas.
Não. Apesar de um histórico familiar de câncer de próstata dobrar as chances de ter a doença, 1 em cada 6 homens serão diagnosticados com câncer de próstata em sua vida. Os homens negros são 60% mais propensos a terem câncer de próstata e possuem 2,4 vezes mais chances de morrer da doença. No entanto, o histórico familiar e genético desempenha um papel importante nas chances de um homem desenvolver um câncer de próstata. Um homem cujo pai teve câncer de próstata é duas vezes mais propenso a desenvolver a doença.
Não apresentar nenhum sintoma, significa não ter câncer de próstata.
Não. O câncer de próstata é um dos cânceres mais assintomáticos, ou seja, nem todos os homens manifestam a doença. Muitas vezes os sintomas podem ser confundidos ou atribuídos a outras patologias. Os sinais de câncer de próstata são frequentemente detectados pela primeira vez durante um check-up de rotina.
Ter um PSA alto significa ter câncer de próstata
O PSA é uma substância produzida pela glândula pineal. Uma doença da próstata, inflamação ou trauma, podem fazer com que maiores quantidades de PSA entrem na corrente sanguínea do homem. Um PSA elevado não significa que o câncer esteja presente, pode estar alterado devido, por exemplo, a uma infecção do trato urinário.
O aumento da próstata é um sinal de câncer de próstata.
O aumento da próstata e o câncer de próstata são diferentes. Os sintomas incluem a incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, a necessidade frequente de urinar durante a noite, e incontinência urinária. O aumento da próstata acontece com a maioria dos homens à medida que envelhecem e não aumenta o risco de câncer de próstata.