Saúde

Área da saúde e IA: A revolução do amanhã acontecendo hoje

Área da saúde e IA: A revolução do amanhã acontecendo hoje

Inteligência Artificial deixa de figurar como ficção no imaginário popular para se tornar realidade palpável

Se há alguns anos alguém te perguntasse sobre Inteligência Artificial (IA) em nosso dia a dia, certamente, duas opções lhe viriam à cabeça: “isso aí é coisa de ficção científica e não vai se tornar real tão cedo”
ou “inteligência artificial …como assim?”.

A verdade é que os anos se passaram e as duas afirmações acima praticamente não fazem mais parte do nosso vocabulário. Afinal, a inteligência artificial vem a cada dia tomando mais forma em nosso
cotidiano, e, dificilmente, você vai encontrar alguém que não sabe o que esse termo significa.

“A inteligência artificial tem o potencial de transformar a medicina, ajudando a melhorar o diagnóstico, o tratamento e o cuidado com os pacientes”.

Dra. Clarissa diPrimio, Gerente Médica da Regulação Medilar

Inteligência Artificial na Área da Saúde

Atualmente, já é possível identificar situações em que a inteligência artificial efetivamente contribui para a saúde dos pacientes. Do diagnóstico ao auxílio em tratamentos, essa vertente tecnológica vem revolucionando o segmento médico. Isso porque, a IA consegue processar uma gigantesca gama de dados, ao mesmo tempo em que utiliza algoritmos para gerar informações mais precisas, bem como novas perspectivas para os profissionais do setor.

“Computadores analisando dados e seguindo algoritmos definidos são capazes de propor soluções para problemas médicos. Algumas possíveis aplicações incluem mais precisão nos diagnósticos, personalização do tratamento, monitoramento remoto, identificação de novos medicamentos, além de automação de tarefas administrativas”, explica a Gerente Médica da Regulação da Medilar, Dra. Clarissa diPrimio.

“A Inteligência Artificial não veio para tomar o lugar do ser humano. Muito pelo contrário, ela chegou para auxiliar e fazer com que o médico tenha mais tempo para cuidar do que verdadeiramente importa, a saúde do paciente”.

Dra. Marcela Mattar, Presidente da Medilar

A produção de laudos médicos feitos em poucos minutos e com precisão de 70% é outra vertente que se utiliza da inteligência cognitiva (uso de um algoritmo que irá tomar uma decisão semelhante ao que um ser humano faria) e supercomputadores.

Vale lembrar que em comparação com a metodologia tradicional, ou seja, sem o uso de IA, equipes médicas podem levar dias para chegar a uma análise semelhante, porém com uma precisão inferior, em torno de 60%.

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Importante ressaltar que em doenças como o câncer, essa eficiência é vital para o sucesso do tratamento, já que depende de um diagnóstico precoce para melhores chances de cura.

Outro dado estatístico relevante se refere ao uso da IA na análise de imagens. Já existem soluções capazes de identificar em segundos fissuras em ossos ou outras patologias características. Quando feita somente de forma visual o resultado da análise pode levar dias e com precisão de 79%. Já com a IA a precisão ultrapassa 94%.

Tecnologia que auxilia e transforma cenários. Imagine a seguinte situação: um hospital com poucos recursos em uma região pobre do nosso País. Nesse caso, mesmo com as dificuldades de infraestrutura, o cenário pode ser completamente modificado e melhorado por meio da Inteligência Artificial.

Suponhamos que um paciente chegue neste centro hospitalar reclamando de dores ou de uma lesão. Após realizar um raio-X, uma tomografia ou uma ressonância magnética, esse exame pode ser enviado para um sistema em nuvem e em poucos minutos, será feita a identificação dos problemas ou especialidades médicas relacionadas. Por fim, rapidamente, um médico produzirá o laudo e encaminhará para o profissional que está atendendo o paciente presencialmente.

“Os algoritmos da IA podem ser treinados para analisar grandes quantidades de dados, incluindo resultados de exames, imagens médicas e histórico do paciente, para identificar padrões e ajudar no diagnóstico de doenças”

Dra. Clarissa diPrimio, Gerente Médica da Regulação Medilar

Inteligêncio Artificial Rompendo a Barreira da Distância

A quebra de barreiras e a diminuição das distâncias também faz parte do imenso arcabouço de vantagens da IA. E isso é possível porque a tecnologia pode alcançar e melhorar a vida de qualquer pessoa, aonde quer que ela esteja, assim, a distância deixa de ser um problema.

Como os dispositivos de monitoramento remoto (em tempo real) estão se tornando cada vez mais comuns na medicina, a IA já se aproveita desse fator para proporcionar mais um benefício.

“A inteligência artificial pode ser usada para analisar os dados coletados por esses dispositivos e alertar os profissionais de saúde caso haja alguma alteração. Como o nosso produto Medilar Monitora já faz”, finaliza a Dra. Clarissa.

6 princípios da IA na segunda segundo a OMS

Em junho de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o relatório Ética e Governança da Inteligência Artificial para a Saúde. O documento foi elaborado em conjunto com especialistas internacionais de diferentes áreas e define diretrizes para o uso de inteligência artificial na saúde de forma ética.

Confira quais são os princípios:

  1. Proteger a autonomia humana;
  2. Promover o bem-estar, a segurança humana e o interesse público;
  3. Garantir transparência, aplicabilidade e inteligibilidade;
  4. Promover responsabilidade e prestação de contas;
  5. Garantir inclusão e equidade;
  6. Promover inteligência artificial que seja responsiva e sustentável.

Inteligência a serviço da saúde

A male doctor in a white coat and blue gloves holds in his hand a glass test tube with a substance. Study of samples, chemical reaction. Generative ai.

O uso da Inteligência Artificial na área da saúde é amplo e vem auxiliando nas mais diversas pontas desse segmento. Essa tecnologia vem sendo utilizada, por exemplo, no reaproveitamento de medicamentos já existentes.

Recentemente, a IA analisou imagens de células para identificar quais drogas eram mais eficazes para pacientes com doenças neurodegenerativas. Os neurônios mudam de forma quando respondem positivamente ao tratamento, contudo, os computadores convencionais são lentos para detectar essa diferença. Com a IA, essa detecção acontece com tranquilidade.

Pesquisa. Outro exemplo vem do computador Watson Oncology da IBM, alocado no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Manhattan, nos EUA, e na Cleveland Clinic, em Ohio, também nos EUA. Esse computador identifica os medicamentos para tratar pacientes com câncer com maior ou igual precisão quando comparado a especialistas humanos. O sistema também analisa artigos científicos para insights sobre o desenvolvimento de novos medicamentos para auxiliar nas terapias.

Cirurgias. As aplicações de inteligência artificial incluem robôs cirúrgicos cada vez mais comuns em salas de cirurgia. Muitos são minimamente invasivos e geralmente alcançam resultados superiores às intervenções não robóticas.

Esses usos da IA não substituirão a experiência cirúrgica dos humanos. No entanto, eles podem trabalhar como parceiros dos cirurgiões, melhorando a probabilidade de sucesso dos procedimentos e intercorrências.

IA e saúde pública. A IA está sendo aplicada a grandes conjuntos de dados de saúde pública, e o CDC (órgão dos EUA de controle de doenças) compilou algumas das muitas maneiras pelas quais essa tecnologia foi aplicada na análise de saúde pública para COVID-19.

Além disso, cada vez mais, os dados de diagnóstico por imagem estão sendo aproveitados para análises e previsões em nível populacional.

Suporte médico. Um projeto piloto da Universidade de Stanford (EUA) usa algoritmos para determinar se os pacientes são de alto risco e necessitam de cuidados na UTI ou se precisam de equipes de resposta rápida.

Eles avaliam a probabilidade desses eventos ocorrerem em um período de até 18 horas, ajudando os médicos a tomarem melhores decisões.

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