Primeiros Socorros

Primeiros Socorros: o que fazer em caso de convulsão febril em crianças?

Primeiros Socorros: o que fazer em caso de convulsão febril em crianças?

Guia prático de como agir caso seu filho convulsione.

Imagine só a seguinte situação: seu filho está doente, e, preocupada, você vai até o quarto dele conferir se ele está dormindo tranquilo em seu berço. Mas, ao chegar, encontra-o inconsciente, debatendo-se, com os olhos revirados e o corpo rígido.

O que você faz? Qual é o primeiro passo?

O cenário que acabamos de descrever é um episódio epilético acarretado pela febre: a convulsão febril. Esses episódios podem acontecer em crianças de 6 meses a 5 anos, nas primeiras 24 horas de febre, e duram alguns minutos.

Por mais que essa seja uma situação incomum, estudos apontam que entre 2% e 5% das crianças podem ter pelo menos uma crise até os cinco anos, com ocorrências expressivas aos 18 meses.

O que é Convulsão Febril?

A convulsão febril acontece quando, nas primeiras 24 horas de uma febre, a criança começa a se debater fazendo movimentos tônicos clônicos – braços, pernas e cabeça descontrolados – e perde a consciência.

Esses episódios podem variar entre simples e complexos.

  • Crises febris simples são generalizadas e de curta duração, duram menos de 10 minutos;
  • Crises febris complexas são focais e de maior duração, acima de 15 minutos, e têm recorrência em menos de 24 horas.

“Por incrível que pareça, a convulsão febril generalizada é menos complexa do que a focal”, afirma a gerente médica do Call Center da Medilar, Dra. Clarissa Di Primio.

O que fazer?

Por mais que seja uma situação que gera insegurança e ansiedade, é preciso manter a calma.

Então, seguem algumas dicas:

  1. Deite a criança de lado para evitar obstrução das vias aéreas;
  2. Retire quaisquer objetos perigosos de perto da criança, principalmente da cabeça;
  3. Proporcione conforto a ela. Coloque algo macio debaixo da cabeça e retire roupas apertadas e óculos, caso use;
  4. NÃO coloque nada na boca da criança, pois pode causar bronco aspiração — quando comida, líquidos, saliva ou vômito são aspirados para as vias aéreas;
  5. Conte o tempo de duração da convulsão, pois o médico irá lhe perguntar mais tarde;
  6. Não dê água, comida ou medicamentos à criança até ela estar bem e alerta.

“No momento da crise, o primordial é deixar o paciente seguro, não colocar nada em sua boca e esperar a crise passar”, completa Dra. Clarissa.

Em casos de crises epiléticas, você pode acionar a Medilar por meio do Unimed Fone. Nossos médicos reguladores lhe orientarão a respeito de como proceder nessa situação, ajudando a manter a calma e a realizar os processos necessários.

Importante. Anote aí:

As crises convulsivas febris são sempre benignas, pois não causam danos neurológicos à criança. Geralmente, são episódios únicos na vida, visto que somente 3 em cada 10 crianças terão recorrência da crise.

Se seu filho convulsionar, fique tranquila, ele não se lembrará de nada e continuará sendo uma criança saudável e feliz. “Eu mesma tive uma crise convulsiva febril. Não precisei de tratamento e segui minha vida normalmente”, relata Dra. Clarissa.

Caso possua o SOS Unimed Medilar, podemos te ajudar com o pré-socorro enquanto liberamos uma ambulância em caráter de emergência. Dessa forma, você pode ficar mais tranquilo com toda a situação, sabendo que a ajuda está a caminho.

Qual o tratamento para a convulsão febril?

Toda febre pode levar à convulsão febril. “Não precisa chegar em 39°c para ter a crise epilética febril”, afirma Dra. Clarissa. Por isso, é muito importante determinar a causa dessa febre e seguir o tratamento segundo as ordens médicas.

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